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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Prejereba

(Lobotes surinamensis)

Peixe de escamas com corpo alto e comprimido, cabeça pequena e nadadeiras dorsal e anal alongadas e arredondadas, quase atingindo o final da nadadeira caudal, o que dá a impressão de serem compostas por três partes. Olhos pequeninos, boca moderada.O opérculo tem dois espinhos afiados. Alcança cerca de 80 cm de comprimento total e 15 Kg. Coloração marrom, com alguns nuances de cinza ou verde, geralmente no dorso. A carne é saborosa, mas raramente é encontrado nos mercados.

Habitat: Pedreiras em mar aberto com fundo rochoso, sendo que também costumam acompanhar grandes objetos flutuantes. Os exemplares mais jovens podem ser encontrados próximo à bocas de rios e maguezais

Ocorrência: Todo litoral brasileiro

Hábitos: Peixe de superfície encontrado com mais facilidade, nadando próximas a detritos, especialmente daqueles que flutuam na superfície do mar, como grandes tábuas e restos de caixas. Vive Sozinho ou aos pares. Tem costume de boiar na superfície

Alimentação: Carnívoras, alimentando-se de pequenos peixes e crustáceos

Ameaças: Poluição e destruição do habitat

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cherne

 (Epinephelus niveatus)

Peixe de escamas com corpo grande, alto e comprimido. Coloração marrom avermelhada, algumas vezes mais clara no ventre. A margem da parte espinhosa da nadadeira dorsal é escura. Indivíduos jovens apresentam manchas brancas distribuidas regularmente em fileiras verticais e uma grande mancha escura no pedúnculo caudal, que se origina no dorso e atravessa a linha lateral. Alcança 2 metros de comprimento total de 380 Kg. Tem grande valor comercial. Considerado peixe de carne nobre.


Habitat: Os peixes jovens vivem em águas rasas, em costões, estuários e recifes costeiros. À medida que crescem, dirigem-se para águas mais profundas, com fundo rochoso, onde ficam parados a maior parte do tempo.



Ocorrência: Região Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, onde é mais raro. 

Alimentação? Voraz, que se alimenta principalmente de peixes, não desprezando crustáceos.

Ameaças: Poluição, destruição do habitat e pesca predatória




Enchada

(Chaetodipterus faber)

Seu corpo é bastante alto, achatado lembrando a forma de uma enchada, de coloração cinza prata, com faixas verticais grossas escuras. A boca é bem pequena. Normalmente apresentam de 30 a 45 cm de comprimento com peso de 1 a 2 Kg podendo atingir até 90 cm e pesar até 10 Kg. As nadadeiras dorsais e ventrais possuem raios prolongados. Duas nadadeiras dorsais e suas anais com os lóbulos anteriores elevados. Há também 9 espinhos dorsais, 21 a 24 raios dorsais e 17 a 18 raios anais. Os jovens, que são encontrados geralmente em águas litorais rasas, possuem coloração bem escura e sem faixas.

Habitat: Em torno dos recifes, geralmente fora da costa a meia profundidade ou próximo ao fundo rochoso.

Ocorrência: Todo litoral brasileiro.

Hábitos: Formam cardumes de até 500 indivíduos em constante movimentação. Os espécimes juvenis costumam ficar na superfície em posição inclinada ou horizontal, parecendo folhas ou objetos boiando

Alimentação: Invertebrados, zooplâncton e animais bontônicos




Dourado

(Coryphaena hippurus)
Peixe bastante peculiar, tanto pela forma do corpo quanto pelo colorido. O corpo é alongado e comprimido, mais alto na região da cabeça, afinando em direção à nadadeira caudal que é furcada. Os machos têm a cabeça muito maior que as fêmeas. A principal característica é a longa nadadeira dorsal, que se estende da cabeça à cauda, com cerca de 60 raios.
Sua coloração do dorso é azul ou verde azulado iridescente, os flancos são dourados e salpicados com pintas claras e escuras e o ventre é prateado. A nadadeira dorsal é azul forte, a anal é dourada ou prateada e as outras nadadeiras são douradas ou prateadas, com a margem azul. Alcança 2 metros de comprimento total e 40 Kg podendo chegar de 3 a 4 anos.

Habitat: Peixe de mares de águas quentes, nada próximo à superfície em mar aberto

Ocorrência: Do Amapá a Santa Catarina.

Hábitos: Pelágico voraz e migrador. Vive em cardumes no alto mar, sendo que os jovens costumam ficar próximos à costa, onde a espécie se reproduz.

Alimentação: Lulas e pequenos peixes, caranguejos, cavalas. Podem também se alimentar de zooplâncton.

Reprodução: Reproduzem-se por quase todo o ano

Predadores Naturais: Marlins, atuns, tubarões e dourados maiores.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Neon Goby

(Elacatinus figaro)

Espécie endêmica do Brasil. Preto e amarelo, alcança cerca de 4 cm de comprimento. É um peixe limpador, que realiza sua atividade de limpeza ao longo de toda sua vida, estabelecendo estações de limpeza localizadas em rochas e colônias de coral. O neon goby atende espécies de todas as categorias tróficas, ou seja, desde espécies que se alimentam de algas até as que se alimentam de outros peixes. Este limpador pode ser observado entrando pelas cavidades oral e branquial de predadores como badejos e garoupas, sem sofrer o rixco de ser engolido por eles.

Habitat: Sobre corais e rochas fundas nas costas de continentes e ilhas.

Ocorrência: é encontrado na maior parte da costa brasileira, incluindo ilhas continentais.

Hábitos: Solitário ou em grupos de no máximo 6 indivíduos.

Alimentação: Se alimenta de parasitas de outros peixes como  o Ophioblennius atlanticus, abudefduf saxatilis e Mytoperca rubra.


Ameaças: Poluição, destruição de habitat e caça indiscriminada para aquariofilismo

Peixe Sapo

(Lophius gastrophysus)


As fêmeas atingem até 1 metro de comprimento. Os machos raramente atingem tamanhos superiores a 55 cm. Sua carne é considerada muito boa. Nadadeira dorsal com alguns acúleos. Peixe de coloração pardacenta a marrom, com cabeça grande, corpo levemente achatado e boca muito grande.


Habitat: Espécie bentônica de grandes profundidades, de 120 a 700 metros


Ocorrência: todo litoral brasileiro


Hábitos: Tem pouca mobilidade, em geral, rastejando ou permanecendo longos períodos mimetizado sobre o fundo. Atrai sua presa com uma isca falsa (modificação da nadadeira dorsal) próximo a boca sendo por este motivo também conhecido como peixe pescador. Os jovens distribuem-se normalmente acima dos 200 metros de profundidade.


Alimentação: Peixes e lulas  


Reprodução: As fêmeas iniciam o processo de maturação em torno dos 54 centímetros.


Ameaças: Descoberto pelo mercado internacional na década de 90, experimenta excelentes cotações na Europa. É atualmente uma das pescas mais valiosas do Brasil. É capturado no sudeste e sul do Brasil em pescarias de fundo. Por isso vem sofrendo com a pesca predatória. As populações dessa espécie estão em franco declínio. Poluição pe outra ameaça



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Lagosta

(Panulirus argus)

Crustáceo com corpo robusto e revestido de uma carapaça espessa, cheia de espinhos, com cerdas suras no tórax. As fêmeas são menores que os machos, alcançando 25 cm de comprimento, enquanto que os machos podem chegar a 36 cm ou mesmo 60 cm. As lagostas sofrem mudanças de pele para crescer; quando isso acontece o animal torna-se bastante vulnerável para seus inimigos naturais. Ela então se esconde no meio das rochas sem comer nada, e assim permanece até que se forme uma nova carapaça. Depois disso a carapaça velha se fende dorsoventralmente e a lagosta, com o novo revestimento, vai aos poucos saindo do antigo envólucro. A forma nove é mole, mas logo adquire consistência, impregnando-se de sais calcários até tomar seu aspecto definitivo. Nessa época devido ao jejum que se impôs, a lagosta abandona sua toca e procura alimento, podendo então ser capturada pelo homem.

Habitat: Fundo do mar com locais de vegetação ou áreas rochosas, longe da costa e grande profundidade sendo as vezes encontradas até 50 ou 70 metros, desde que exista abundância de moluscos e anelídeos.

Ocorrência: Desde o norte até Santa Catarina, porém em Pernambuco e na Paraíba que à pescam em grande escala.

Hábitos: São marchadoras e passeiam sobre os rochedos. Durante o dia permanece em seu abrigo (cavidade de rochas, corais ou emaranhados de algas) com o corpo oculto e antenas estendidas. à noite sai em busca de alimento, retornando ao seu abrigo de manhã. Quando ameaçada a lagosta dobra o abdômen com a nadadeira caudal aberta em leque, ao mesmo tempo em que mantém as patas e antenas orientadas para frente, facilitando assim um rápido deslocamento. É um animal vorás.

Alimentação: Com principalmente animais mortos, mas caça todas espécies de crustáceos devorando até mesmo os da sua espécie. Além disso gosta muito de caramujos de concha calcária.

Reprodução: o Desenvolvimento embrionário de uma lagosta se processa no interior dos ovos. Esses ficam presos sob o ventre da fêmea. Do ovo surge a larva que se encontra dobrada sobre si mesmo e que logo ao sair do ovo, expande-se e se transforma num corpo delgado e chato, completamente transparente chamado silóssomo. Fica vagando ao sabor das correntes e é de tal modo transparente que não seria possível ddistingui-los  na água se não fossem os pontos negros dos seus olhos. Daí vai se transformando e aumentando de volume. Quando adquire todos os seus órgãos, mede apenas 2 a 3 centímetros, incluindo as pernas. Passa-se então para sua última transformação chegando à forma de lagosta adulta. Põem em média 100.000 ovos.

Ameaças: Pesca predatória, dificuldades de reprodução e inimigos naturais. Sua carne é muito apreciada e é considerada alimento de luxo


terça-feira, 22 de maio de 2012

Ctenophores

Fazem parte do pequeno filo Ctenophora com cerca de 80 espécies descritas. Conhecidos como águas-vivas-de pente ou carambolas-do-mar. São animais marinhos ou estuarinos, planctônicos, alguns bentônicos e bioluminescentes.


São muito confundidos com as águas vivas por suas semelhanças com as medusas em sua forma globulosa, sua mesogleia gelatinosa e sua transparência. No entanto, as semelhanças com as medusas podem representar mais uma convergência do que um relacionamento evolutivo próximo aos cnidários.


Possuem corpos esféricos, de simetria birradial. Porém as espécies tornam-se achatadas em graus variáveis, comprimidas ou deprimidas ao longo da vida. O corpo pode ser dividido em dois hemisférios: o pólo oral (onde fica a boca) e o pólo aboral (região diametralmente oposta à boca). Possuem oito fileiras meridionais de pentes ciliares (ou ctenas), responsáveis por sua locomoção. Na maioria das espécies emergem duas bainhas, situadas em lados opostos, dois longos tentáculos retráteis, com células adesivas denominadas coloblastos, que são utilizados na captura do alimento. 


Anatomia: 
- O sistema digestivo é composto por um sistema de canais birradiais, que surgem de um estômago central (ou infundíbulo). Após a boca possuem uma faringe ciliada longa e achatada com poros que se abrem na mesogleia (provavelmente para regular o nível de fluído para sua flutuação). A digestão ocorre de maneira extra e intracelular. A digestão ocorre de maneira extra e intracelular, o que não pode ser digerido sai através dos poros anais (localizados no polo aboral)


- O sistema nervoso é situado abaixo das fileiras de pentes, é uma rede nervosa subepidérmica bem desenvolvida.


- O sistema sensorial possui um órgão chamado estatocisto que é responsável pelo senso de equilíbrio do animal em relação ao plano horizontal e contém um estatólito que auxilia no batimento dos pentes para locomoção.


Alimentação:  Os ctenóforos são predadores de outros invertebrados pelágicos por isso são animais carnívoros e alimentam-se de outros animais planctônicos como copépodos (crustáceos), ovos e larvas de peixes, cnidários e outros ctenóforos.



Reprodução: A maioria das espécies do filo é hermafrodita e de fecundação externa, exceto as espécies que incubam seus ovos.


Espécies encontradas no Brasil:
- Beroe Ovata
- Bolinopsis vitrea
- Leucothea multicornis
- Mnemiopsis leidyi
- Ocyropsis crystallina
- Vallicula multiformis 


Semelhanças e diferenças com as águas vivas (cnidários):


Diferenças:
- Não contém células urticantes que causam queimaduras como as águas vivas (nematocistos), exceto a espécie Euclora rubra
- Fileiras de placas ciliares para locomoção 
- Alguns não apresentam tentáculos
- Células adesivas para captura do alimento (coloblastos)
- Forma de larva
- Não há polimorfismo (no caso dos cnidários há polimorfismo - polipo e medusa)
- Órgão sensorial chamado de estatólito que auxilia no batimento dos cílios dos pentes.


Semelhanças:
- Simetria
- Corpo medusóide
- Cavidade gastrovascular




sábado, 31 de março de 2012

Robalo

 (Centropomus undecimalis)

Peixe de escamas também conhecido como camurim ou robalo flecha. Possui corpo com formato alongado, comprimido, boca ampla com mandíbula inferior saliente. A coloração do dorso é acinzentada com reflexos esverdeados e o ventre esbranquiçado. As nadadeiras são amareladas. A linha lateral é uma listra longitudinal negra que se estende ao longo do corpo até o final da nadadeira caudal. A carne é considerada de primeira qualidade e com grande valor comercial.
Atinge 1,5 metros de comprimento total e 25 kg de peso. As fêmeas são maiores que os machos da mesma idade


Habitat: Habita regiões costeiras e de estuários, águas salgadas e salobras, ilhas, rios, canais, manguezais e baías.


Ocorrência: Oceano Atlântico dos Estados Unidos passando pelo Golfo do México e Caribe ao Brasil, sendo seu foco de abundancia no litoral da Florida. Pode ser encontrado em todo litoral brasileiro, desde o rio Mampituba (divisa do estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul) até o estado do Maranhão. 


Hábitos: Sobe os rios para desovar. Gostam de águas calmas, barrentas e sombreadas, ficando próximos ao fundo. Sua tolerância a alteração de salinidade está relacionada com o seu processo reprodutivo, uma vez que o robalo procura o deságue de rios no mar para concluir seu ciclo reprodutivo. Não gostam de águas frias, e aproveitam o movimento das marés e correntes para atacar suas presas, principalmente na vazante 


Alimentação: Carnívoro e voraz, alimentando-se de pequenos peixes e crustáceos, especialmente camarões e caranguejos. Procura suas presas próximo à estruturas de galhos, rochas etc . 


Reprodução: Reproduzem-se do meio do verão ao final do outono, que é o período de sua maior incidência nos canais. Os alevinos chegam ao tamanho de 5cm aos 45 dias de idade. Apesar de usarem os habitats de água doce para desovar, são incapazes de gerar descendentes nessas águas pois os espermatozoides necessitam de água salina para serem ativados. 


Ameaças: Pesca predatória, poluição e destruição do habitat





quinta-feira, 29 de março de 2012

Crinoides

 É uma classe dos equinodermos com aspecto de flor que inclui os organismos conhecidos como crinoides, lírios-do-mar e comatulídeos. São animais exclusivamente marinhos que vivem abaixo das linhas de maré até profundidades abissais (até 6000 metros). Apresentam caracteres muito primitivos e já foram muito mais abundantes do que são hoje. Das espécies atuais cerca de 80 são lírios do mar que vivem nos fundos aderentes aos recifes de coral.

O corpo possui uma forma de um cálice pequeno em forma de taça, formado por lâminas calcárias, ao qual se ligam cinco braços flexíveis que se bifurcam para formar dez ou mais apêndices finos providos de pínulas laterais e alargadas dispostas como as barbas de uma pena. Os lírios-do-mar possuem um pedúnculo que liga por um lado o cálice e por outro fixa-se ao fundo do mar em rochas, fundo arenoso ou objetos como madeira que circulam à deriva, por meio de prolongamentos em forma de raízes

As estrelas plumosas (Antedon) não possuem pedúnculos mas possuem cirros flexíveis que lhes permite captar pequenas partículas na água e podem nadar usando seus longos braços, assim como as penas-do-mar que abundam principalmente os recifes de coral do Oceano Pacífico. Nestes animais o celoma é pequeno, e as gônadas podem não estar diferenciadas. Os crinoides possuem grande capacidade de regeneração, pois são capazes de desprender seus braços ou grande parte do cálice e de imediato renovar estas partes. Muitos crinoides atuais têm cor viva - amarelo, vermelho, branco, verde ou castanho.

Alimentação: Se alimentam por filtração e consiste em plâncton microscópio e detritos.

reprodução: Os gametas formam-se a partir do tecido epitelial das pínulas. Alguns crinoides põem seus ovos diretamente na água, mas outras espécies mantêm-se aderentes às pínulas até ocorrer a eclosão

Baiacu Arara

                                       (Lagocephalus laevigatus)


Peixe da família Tetraodontidae (com quatro dentes), nativo do Atlântico Ocidental e na costa africana, da Mauritânia à Namíbia. que não possui escamas exceto na barriga espinhosa e na parte inferior da cabeça. A coloração do dorso é variável, indo do verde-amarelado ao azul-acinzentado. São brancos na zona lateral e ventral. A boca é pequena e em posição terminal. As barbatanas dorsal e anal são elevadas, com 12 ou 13 raios cada. A dorsal tem origem num ponto a cerca do ponto médio entre as bases das barbatanas peitoral e caudal. Os maxilares têm a placa dental dividida ao meio. Não são considerados tóxicos ou venenosos, podendo ser consumidos sem riscos de envenenamento, pois seus músculos e outros órgãos viscerais possuem um nível de TTX (tetrodotoxina) residual e portanto, rapidamente excretável. Sua carne é muito apreciada. 
Podem atingir 60 cm de comprimento e 5 kg


Habitat: Habita áreas costeiras sobre fundos de areia ou lama e estuários, em profundidades entre 10 e 180 metros

Ocorrência: Pode ser encontrado em todo o litoral brasileiro   


Hábitos: Tem hábitos pelágicos em pequenos grupos solitários. Quando perturbados ingerem água que é mantida sob pressão no estômago ou em uma invaginação do mesmo, por meio de dois esfíncteres: cardíaco e pilórico, ou por um esfíncter da própria invaginação, tornando-se globulares. Durante a exposição ao ar esses peixes também podem inflar e após retorno à água, o esvaziamento é promovido pela ação combinada dos esfíncteres e da musculatura abdominal


Alimentação: peixes e camarões



terça-feira, 27 de março de 2012

Barracuda

  (Sphyraena barracuda)


Peixe de escamas com corpo alongado e roliço, um pouco comprimido, boca grande e pontuda, dentes caninos e afiados.A mandíbula inferior da boca grande se projeta para além da superior. A cabeça é bastante grande, as guelras não possuem espinhos e são cobertas com pequenas escalas. Nadadeiras dorsais bem separadas, a anterior com origem após a origem da pélvica. A peitoral ultrapassa a origem da pélvica. A nadadeira caudal é furcada. Linha lateral é proeminente e se estende da cabeça a cauda. Coloração prateada, sendo que os adultos possuem manchas pretas irregulares ao longo do corpo, especialmente perto da nadadeira caudal. Pode chegar a 3 metros de comprimento total e 50 kg. A sua carne é apreciada, mas os grandes adultos podem ser extremamente tóxicos em função de comerem peixes que se alimentam direta ou indiretamente de dinoflagelados tóxicos.

Habitat: Mar aberto, próximo a ilhas e parcéis. Eventualmente, são vistas em regiões mais próximas da costa, como mangues e estuários.

Ocorrência: Oceano Atlântico Ocidental, de Massachussets  às regiões nordeste, sudeste e sul do Brasil. É encontrada principalmente na região de Abrolhos, Ilhas Trindades e no arquipélago de Fernando de Noronha. Também comum em Cabo Frio - RJ

Hábitos: Barracudas aparecem em mar aberto. São vorazes predadores e caçam usando um exemplo clássico de mentira-em-espera ou emboscada. Elas contam com surpresa e rajadas de velocidades (43 km/h) para superar sua presa, sacrificando a capacidade de manobra. As jovens formam cardumes, as grandes são quase sempre solitárias. Barracudas grandes, quando empanturradas, pode tentar rebanho, uma escola de peixe presa em águas rasas, onde elas guardam sobre eles até que estejam prontos para uma caçada

Alimentação: Carnívora. Usualmente na coluna d'água, da superfície a pouca distância do fundo. predadores por excelência, comem principalmente peixes, mas também se alimenta de lulas, chegando a penetrar águas rasas com menos de 1 metro de profundidade atrás de suas presas

Reprodução: A reprodução só ocorre no verão, em mar aberto ou nas margens externas de recifes e ilhas. Os ovos são pelágicos e eclodem em até 48 horas. As larvas pelágicas comem zooplâncton e os jovens com cerca de 2 cm acompanham detritos de superfície. Aos 4 centímetros formam pequenos cardumes entre bancos de algas, corais e rochas

segunda-feira, 26 de março de 2012

Peixe Galo

  (Selene vomer) 

Peixe de escamas que chama bastante atenção pelo formato único de seu corpo, extremamente achatado, lembrando uma folha de papel. Corpo muito alto e muito comprimido com nadadeiras pélvicas muito pequenas. Linha lateral com uma série de espinhos na porção posterior, antes do pedúnculo caudal. Coloração prateada, sendo o dorso verde azulado, os flancos são mais claros e o ventre esbranquiçado. Apresenta uma pequena mancha ovalada preta que lembra um ocelo na margem superior do pedúnculo caudal. Alcança 40 centímetros de comprimento total e cerca de 1 kg. A carne é de boa qualidade, mas não é comum nos mercados. Por manter tamanho e aparência muito semelhantes ao de muitas outras espécies marinhas sua identificação na água se torna uma tarefa difícil

Habitat: espécie de superfície que frequenta estuários. Pode ser encontrado de passagem em costões e próximos a piers e a outras estruturas. Procura habitar águas tropicais e temperadas quentes normalmente nadando em cardumes sem preferência de profundidade.


Ocorrência: Todo litoral brasileiro. Desde o Rio Grande do Sul até o Amapá, facilmente visto em águas costeiras onde a pedraria se encontra com a areia.

Hábitos: O formato de sua boca é terminal sendo um peixe predador que costuma se alimentar de outros peixes menores, crustáceos, camarões e lulas encontradas geralmente em médias profundidades. Forma grandes cardumes, principalmente quando mais jovens, permanecendo normalmente perto da costa

Alimentação: carnívoro predador e se alimenta de pequenos peixes, crustáceos e moluscos

Ameaças: Pesca predatória, destruição do habitat e poluição

Peixe Espada

  (Trichiurus lepturus)

Peixe de escamas com corpo alongado e fino, boca grande e pontuda com dentes caninos. Olhos grandes, nadadeira dorsal muito longa. Nadadeiras pélvicas e caudal ausentes. Nadadeira anal formada por uma série de espinhos bem separados. Linha lateral bem abaixo da região mediana do corpo. Coloração uniforme, prateada com reflexos azulados. Podem atingir 2 metros de comprimento e peso superior a 3 kg

Habitat: Regiões costeiras, especialmente nas regiões próximas a canais e estuários, ao redor de ilhas dentro e fora de baías, em água rasas e calmas com fundo de areia ou lama. É um peixe de superfície

Ocorrência: Praticamente todo o litoral brasileiro, vivendo ao redor de ilhas e baías

Hábitos: Costumam nadar em grandes cardumes. Caçam preferencialmente à noite, quando se aproximam de praias e costões com esse objetivo. Eles têm intensa atividade no cair da tarde e nas primeiras horas da noite. É um tanto "mal humorado", tentando sempre morder pescadores mal avisados

Alimentação: Moluscos, crustáceos e peixes

Reprodução: Na primavera e verão, os seus cardumes atingem maiores proporções, ocasião em que penetram em águas mais calmas para a reprodução

Ameaça: Poluição, destruição do habitat e pesca predatória

Trombeta Pintada

  (Fistularia tabacaria)

Corpo extremamente alongado e tubular, sem espinhos dorsais. Cabeça e, especialmente focinho compridos. nadadeira caudal lunada com o filamento azul no centro. Cor de fundo verde, com dorso marrom, ventre e lateral do corpo mais claros. Muitas manchas arredondadas azuis espalhadas pelo corpo e algumas barras verticais escuras. Os jovens não possuem o filamento caudal isolado, mais escuros no dorso, com manchas azuis pouco nítidas. chega a medir 2 metros de comprimento

Habitat: Espécie solitária que ocorrem ao longo de apartamentos de algas marinhas, fundos rochosos e recifes de corais rasos à profundidades de até 200 metros

Ocorrência: Oceano Atlântico Ocidental, da Nova escócia a Santa Catarina

Alimentação: Alimenta-se  de peixes, pequenos crustáceos e outros invertebrados

Hábito: Espécie rústica, carnívora e diurna

Ameaça: Destruição de habitat e poluição





Fogueira

Corpo comprimido,  robusto e ligeiramente ovalado. Cor de fundo vermelho, dorso mais escuro e ventre prateado ou pálido . Olhos grandes proeminentes. Nadadeiras dorsais moles vermelha tem manchas brancas nas pontas e um pouco ao longo da base.Nadadeiras anais cobertas com escamas. Bordas das nadadeiras ventral, dorsal, anal com bordas brancas ou azuladas com reflexos metálicos. Uma mancha escura, alongada, passando pela margem posterior do opérculo até a base da peitoral é característica dessa espécie Sem espinhos grandes, com espinho preopercular não proeminente Chega a atingir até 25cm 

Habitat: Espécie rústica, carnívora e noturna, vive escondido entre corais e cavernas durante o dia e durante a noite sai para se alimentar. Pode ser encontrado tanto em recifes de coral rasos até profundidades consideráveis 

Ocorrência: Atlântico Ocidental, da carolina do Norte a Santa Catarina incluindo as ilhas oceânicas brasileiras

Hábito: Espécie noturna que se agrega em volta de recifes de coral ocasionalmente encontrado nadando de cabeça para baixo. Pode ser encontrado em grandes cardumes

Alimentação: Pequenos peixes, crustáceos e organismos planctônicos

Ameaça: Destruição do habitat, poluição e também são procurados por aquaristas

domingo, 25 de março de 2012

Raia Pintada


Também conhecida como raia-chita, atinge até 2 metros de largura e 200 kg. Dentes pavimentosos e muito fortes. Peitorais largas e pontudas, cabeça distinta do disco com projeção inferior em forma de bico de pato e olhos laterais. Pequena dorsal à frente das pélvicas. Cauda muito longa e fina. Dorso com coloração cinza a marrom com manchas brancas nos jovens e anéis desta cor nos adultos. O ventre é branco que lhe permite uma eficaz camuflagem vista de baixo. Não deve ser incomodada pois possui de 1 a 5 aguilhões serrilhados na base da cauda sendo capaz de inocular uma forte peçonha.

Habitat: São costeiras, estando próximas as ilhas e sobre fundos de areia, geralmente em nado livre, de água rasas, podendo ser encontradas em baías e áreas coralíneas. Raras em águas oceânicas

Ocorrência: Todo litoral brasileiro, mais frequentemente no sudeste e sul do país. Em todas as águas tropicais do Oceano Atlântico

Hábitos: Vive solitária ou aos pares e em pequenos grupos, eventualmente em cardumes de algumas dezenas de indivíduos, nadando rápido e ativamente próxima da superfície ou do fundo sendo capaz de cobrir longas distâncias. Durante sua migração e reprodução costuma formar enormes cardumes. Nesta época ou ao fugir de predadores, podem ser vistas executando saltos espetaculares para fora da água. Usam as peitorais como se fossem "asas", nadam de maneira calma mas podem ter surtos de rapidez, se necessário

Alimentação: Alimenta-se de moluscos, caramujos, camarões, vermes, polvos e pequenos peixes. Para capturar seu alimento, a raia fica semienterrada na areia esperando o animal se aproximar. Quando a presa se aproxima, ela da um rápido e certeiro bote. Cobrem a vitima com suas nadadeiras peitorais e, em seguida, abocanham a presa

Reprodução: É realizada por todo o ano em pares ou trios, os machos perseguindo uma fêmea e montando-a após muitas tentativas, quando chegam a morde-la no dorso. Os filhotes, de 3 a 4, nascem com 17 a 39 centímetros. Vive entre 15 e 18 anos

Predadores Naturais: Tubarões

Ameaças: Poluição, destruição do habitat. A carne é considerada de razoável qualidade. A raia frequentemente aparece nos mercados, normalmente fresca. Costuma também ser utilizada como isca por pescadores. São capturadas com o arrasto de rede no fundo das praias

sábado, 24 de março de 2012

Mandarim

(Synchiropus splendidus) 


O peixe mandarim é um peixe perciforne de águas tropicais que mede de 6 a 10 centímetros de comprimento. Considerado por muitos como o peixe mais bonito do oceano, é exuberante e tímido e por isso muito usado em aquários como animal de estimação. Possui cores fortes e brilhantes e desenhos organizados agressivamente em sua pele. Essa característica é, de fato um mecanismo de defesa contra predadores, indicando que a carne do mandarim tem gosto ruim, já que seu corpo produz um muco viscoso de gosto e cheiro horríveis. Sua pele não possui escamas, por esse motivo ela é necessariamente muito grossa, a fim de proteger o peixe das pontas agudas presentes nos recifes de coral. Os olhos por sua vez são projetados para fora como grandes saliências, permitindo que enxergue a sua volta. Os olhos também não possuem pálpebras, nem canais lacrimais, sendo a água do mar responsável pela limpeza dos mesmo. A visão do peixe mandarim é bem desenvolvida, acima da média dos outros peixes, sendo que seus olhos são capazes de identificar até as cores do ambiente. Ao menor sinal de perigo, o peixe eriça os longos espinhos das costas fazendo-o parecer maior do que realmente é. O macho são maiores e apresentam extensões nas nadadeiras dorsal e anal. também é mais comum os machos possuírem cores mais bem distribuídas e brilhantes que as fêmeas, embora isso nem sempre aconteça.
Seu nome vem das cores e desenhos do seu corpo que parecem muito com as roupas de seda usada pelos mandarins na antiga china

Habitat: Vive escondidos em fendas nos recifes de coral. Também é encontrado, com menos frequência, em águas rasas protegidas, como lagoas costeiras e pequenas baías

Ocorrência: É mais comumente encontrado no Oceano Pacífico, mas também pode ser encontrado no Oceano Índico e no Caribe  

Alimentação: Alimenta-se de pequenos animais marinhos que passam próximo ao seu esconderijo. Por precisar de muitos nutrientes diferentes às vezes também se alimenta de pequenas quantidades de algas e outros flocos que possam servir de alimento

Reprodução: Quando o macho do peixe mandarim quer se acasalar, algo que geralmente acontece ao entardecer, ele levanta sua nadadeira dorsal e nada em volta de sua companheira, aproxima-se dela e agarra sua nadadeira peitoral com a boca. Os dois ficam nadando ligados até alcançarem a superfície, onde soltam-se e expelem o esperma e os óvulos que se unem para formar os ovos.  Os pais cuidam dos ovos que ficam boiando na superfície, protegendo-os de possíveis predadores e de outros perigos do meio. Depois que nascem, os filhotes se alimentam de zooplâncton e fitoplâncton até alcançarem tamanho suficiente para comer animais maiores

Ameaças: Destruição de habitat e aquariofilismo



Peixe Porco

(Balistes vetula)

Também conhecido como cângulo, seu corpo tem coloração verde-oliva escura no dorso, amarela-dourada na parte ventral e listras em tom azul claro (que chegam a ser luminosas) na cabeça e nas nadadeiras. Além disso, em torno dos olhos apresenta estrias negras em forma de raios e na nadadeira caudal há uma bonita mancha azulada. Possui boca pequena com fileiras de oito dentes bem forte em cada maxila, além destes, podem ser observados duas séries de dentes faringianos inferiores.Caracterizam pela presença de três espinhos visíveis na nadadeira dorsal, nadadeiras pélvicas fundidas e um espinho rugoso anterior; escamas ctenóides marcadamente unidas, machas azuis radiais cercando os olhos e duas faixas azuis na face partindo da boca até a base da nadadeira peitoral. Seus olhos se movimentam independentemente um do outro. Podem chegar a medir um pouco mais de meio metro de comprimento e pesar cinco quilos e meio. É ocasionalmente capturado como peixe esportivo por pescadores

Habitat: Costões rochosos e recifes. Fica sempre próximo a locais rochosos e repletos de esconderijos em profundidades de 2 a 275 metros.

Ocorrência: Oceano Atlântico e Índico. Todo litoral brasileiro

Alimentação: Os jovens alimentam-se preferencialmente de invertebrados bentônicos, enquanto os adultos são predadores vorazes carnívoros, se alimentando de camarão, peixes, crustáceos em geral e molucos.

Reprodução: Só procura um companheiro da espécie na época do acasalamento, quando então passa a viver junto com seu par. O período de reprodução ocorre com maior frequência no mês de abril. Colocam seus ovos apenas em substratos de areia. Geralmente a fêmea cava um buraco no cascalho e depois deposita os ovos, sendo logo a seguir fertilizados pelo macho.

Ameaças: Destruição de habitat, poluição e captura para aquariofilismo


terça-feira, 6 de março de 2012

Tartaruga Verde

         (Chelonia mydas)

É conhecida como tartaruga verde devido à cor de sua gordura localizada a baixo da sua carapaça. pertence à família Cheloniidae. Tem um corpo achatado dorsoventralmente, uma cabeça de bico no final de um pescoço curto, e pá como braços bem adaptados para a natação.  É a mais conhecida das tartarugas marinhas. Possui uma coloração que pode ser escura amarronzada e tons esverdeados e sua carapaça tem uma forma oval. Os filhotes são marrom escuro ou quase preto. É a maior das tartarugas marinhas de carapaça dura, podendo variar de 71 cm a 1,5 metro e seu peso varia de 40 kg, podendo chegar a pesar mais de 350 kg.

Anatomicamente algumas características distinguem a tartaruga verde dos outros membros de sua família. O contrario da estreitamente relacionada tartaruga-de-pente, o focinho da tartaruga verde é mais curto e seu bico desengatado. A bainha da mandíbula superior possui uma borda denticulada, enquanto seu maxilar inferior tem forte dentes serrilhados e recortes mais definidos. A superfície dorsal da cabeça da tartaruga tem um único par de escamas pré frontais. Sua carapaça é composta pro cinco centrais scutes (placa óssea externa)  ladeado por quatro pares de escudos laterais. Por baixo a tartaruga verde tem quatro pares de escutes inframarginal cobrindo a área entre a tartaruga e sua carapaça.    

Habitat: Os adultos geralmente habitam águas rasas alimentando-se principalmente de diversas espécies de algas marinhas. Podem ser encontradas em três habitats diferentes dependendo de seu estágio de vida. Elas põem ovos em praias, as tartarugas maduras passam a maior parte de seu tempo em águas rasas, águas costeiras com leitos de algas marinhas exuberantes. Adultos frequentam águas costeiras, baías, lagoas e baixos prados de algas marinhas exuberantes. Gerações inteiras muitas vezes migram entre um par de alimentação para áreas de nidificação. Elas passam a maior parte de seus primeiros cinco anos em zonas de convergência dentro do oceano aberto. Estas tartarugas jovens raramente são vistas pois nadam em altas profundidades.
tartarugas verdes nadam tipicamente a 2,5 ou 3 km/h

Hábito: Como outras tartarugas marinhas, migram longas distâncias entre áreas de alimentação e praias de incubação. Muitas ilhas em torno do mundo são conhecidas como ilha da tartaruga, devido às tartarugas verdes que constroem ninhos em suas praias. A ecologia da C. mydas muda drasticamente a cada estágio de sua história de vida. Filhotes recém emergidos são carnívoros. Em contraste os jovens imaturos e adultos são comumente encontrados em prados de algas marinhas costeiras como herbívoros. Passam quase toda sua vida submersas, mas devem respirar o ar oxigênio necessário para atender às demandas de atividade vigorosa. Com uma única exalação explosiva e rápida inalação, as tartarugas marinhas podem rapidamente substituir o ar em seus pulmões.

Ocorrência: Todo o litoral brasileiro. Se estende a todos os mares tropicais e subtropicais do mundo. Existem duas principais subpopulações do Atlântico e as subpopulações do leste do Pacífico. Cada População é geneticamente distinta, com seu próprio conjunto de nidificação e alimentação dentro do alcance conhecido da população


Legenda: Círculos vermelhos são importantes locais de nidificação
               Círculos amarelos representam pequenos locais de nidificação

Subpopulação do Atlântico: Podem ser encontrada durante todo o Oceano Atlântico. Os principais locais de nidificação podem ser encontrados nas várias ilhas do Caribe ( Ilha das Aves, Porto Rico e Costa Rica), costas orientais dos Estados Unidos (estados da Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Flórida) e America  do Sul.

Subpopulação do Indo-Pacífica: Sua atinge ma atinge o norte até a costa sul do Alasca e o sul do Chile. A distribuição das tartarugas no Pacífico Ocidental atinge o norte do Japão e partes do sul da Rússia e extremo sul da Nova Zelândia. Podem ser encontradas em todo o Oceano Índico.

Alimentação: exclusivamente de algas marinhas

Reprodução: Usa o litoral para desovar, mas se reproduz principalmente em ilhas oceânicas.As fêmeas rastejam para fora da água e escavão ninhos e botam ovos onde mais tarde os filhotes emergem e da areia e se guiam em direção à lua para dentro do mar. A temperatura da areia determina o sexo da tartaruga. Quando a areia está fria, a maior parte dos descendentes são machos, quando a areia está quente a maior parte nasce fêmea

Predadores Naturais: Apenas os humanos e grandes tubarões se alimentam da C. mydas adultas. Especificamente o tubarão tigre que as caçam em águas havaianas. Os Juvenis filhotes têm predadores mais significantes, incluindo caranguejos, polvos, aves marinhas, e mamíferos marinhos. Na Turquia os ovos são vulneráveis à predação por raposas e chacais dourados

Ameaças: Caça e destruição de habitat. A C. mydas é listada como ameaçada pela IUCN e CITES e esté protegida contra a exploração, na maioria dos países. É ilegal a coleta, dano ou a morte de indivíduos da espécie. Além disso muitos países têm leis e decretos para proteger as áreas de nidificação. No entanto as tartarugas ainda estão em perigo por causa de diversas práticas humanas. Em alguns países, as tartarugas e seus ovos são caçados como alimento. A poluição prejudica indiretamente as tartarugas, tanto a população e escalas individuais. Muitas tartarugas morrem capturadas em redes de pesca a deriva no mar, assim como por ingestão de sacolas plásticas que são confundidas com algas por elas. Além disso, imóveis em desenvolvimento nas praias provocam a perda de habitat, eliminando praias de nidificação


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Xaréu



 (Caranx hippos) 


Peixe de escamas com corpo ovalado e comprimido, cabeça volumosa e alta. Focinho arredondado, olhos relativamente grandes. Nadadeira peitoral longa, ultrapassando a origem da nadadeira anal. A linha lateral é muito curvada apresentando carenas no final (as escamas da linha lateral são modificadas em escudos). O pedúnculo caudal é muito fino com duas quilhas. Coloração é verde-azulada no dorso, os flancos são prateados com nuances dourada e o ventre amarelado. Possui uma mancha preta na cavidade peitoral e outra no opérculo. Os indivíduos jovens possuem cinco faixas verticais escuras no corpo e uma na cabeça. Alcança mais de 1 metro de comprimento podendo chegar a 1,5 metro e cerca de 25 kg. Importante na pesca esportiva e comercial

Habitat: Oceânico, ilhas costeiras e parcéis, porém também podem ser encontrados em regiões de estuário, canais, bocas de barras, costeiras e regiões de mangue, tanto na superfície como no fundo.Habita a porção ocidental do Oceano Atlântico e Pacífico oriental. Grandes exemplares são encontrados em mar aberto.


Ocorrência: Todo litoral Brasileiro

Hábitos: Predador diurnal. Nadam em cardumes. Pode tolerar uma ampla variação de salinidade. Migrador e um predador voraz. Os grandes adultos são solitários. Ao serem retirados da água emitem roncos atritando os ossos da faringe. Confiantes, aproximam-se do mergulhador com facilidade

Alimentação: Pequenos peixes como paratis e tainha, assim como camarões e outros invertebrados. Os jovens se alimentam de zooplâncton ee crustáceos bênticos.

Reprodução: Época reprodutiva de março a setembro

Predadores Naturais: Peixes carnívoros e aves marinhas

Ameaças: Poluição, destruição de habitat e pesca predatória


Tubarão Cabeça Chata



  Carcharhinus leucas 


Corpo fusiforme e robusto. Focinho curto e largo. Olhos circulares e pequenos, fendas branquiais moderadamente largas. Apresenta 12 a 13 fileiras de dentes em cada maxila. Os dentes são triangulares e fortemente serrilhados sendo que na mandíbula inferior eles possuem formato de pregos que ajudam a segurar a presa, enquanto os dentes superiores serrilhados rasgam a carne e por isso causam grandes estragos em pessoas quando atacadas pelo tubarão, que tem o hábito de chacoalhar a cabeça (como outras espécies) o que aumenta o ferimento.Primeira nadadeira dorsal larga, muito alta e triangular, com ápice marcadamente arredondado muito maior e mais pontuda que a segunda. Origem da primeira dorsal normalmente sobre ou ligeiramente por detrás da inserção das peitorais, que são grandes, triangulares e com ápice pontiagudos. Nadadeiras com ponta escura, mas sem manchas. Superfície dorsal cinza e superfície ventral branca. As fêmeas são sempre maiores que os machos. Atingem 3,5 m de comprimento. Considerada perigosa para os humanos. Expectativa de vida de 14 anos

Habitat: São encontrados perto de costas das praias, mas podem viver por um tempo em rios e lagos. Já foi encontrado três quilômetros acima do rio mississipi (EUA), e é fato conhecido que são capazes de subir o rio Amazonas até Manaus. Também são principal espécie a atacar humanos em áreas fluviais, graças a essa capacidade de viver em baixa salinidade. Além disso, possuem visão muito ruim, dependendo dos outros sentidos para atacar, o que faz esse tubarão extremamente perigoso em águas de baixa visibilidade. Apesar de má fama, há um lugar em que esse tubarão não apresenta tanto perigo, Santa Lúcia em Cuba, onde é possível mergulhar com eles, mesmo assim com cuidado

Vive numa profundidade de 30 metros, ou até menos de um metro, e são encontrados no brasil principalmente em Recife, onde foram responsáveis por diversos ataques na praia de Boa Viagem, juntamente com o tubarão tigre. Os tubarões cabeça-chata são também o ser vivo com maior índice de testosterona do planeta, e até as fêmeas apresentam-no em nível elevado. São muito territorialista e constantemente atacam outros seres marinhos, mesmo maiores que ele

ocorrência: Todo o litoral brasileiro, com destaque para a cidade de Recife

Hábitos: Costuma subir rios

Alimentação: Alimenta-se de peixes incluindo outros tubarões (até da mesma espécie), arraias, tartarugas marinhas, pássaros e até golfinhos

Reprodução: Os cabeça-chata são vivíparos. Geram mais ou menos 13 filhotes por prenhes e a gestação dura 1 ano. Os filhotes nascem com 70 cm de comprimento e são encontrados normalmente em baías e em boca de rios. Os machos alcançam a maturidade sexual entre 1,60 e os 2, 30 m. As fêmeas entre os 1,80 e 2,30 m. Possuem expectativa de vida de 14 anos

Predadores Naturais: Tubarões maiores

Ameaças: Poluição, destruição do habitat e pesca predatória



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Raia Viola

(Rhinobatos horkelii) 


Seu nome se dá devido à forma do corpo. Possui focinho comprido e 32 fileiras de dentes na mandíbula superior e 46 na inferior. Dentes de ambas mandíbulas são pequenos e planos. As nadadeiras dorsais são triangulares. Superfície dorsal de coloração marrom esverdeado, sem manchas. Superfície ventral esbranquiçada, exceto na ponta do focinho que apresenta uma mancha escura oval. Alcança 1,35 metros de comprimento.

Habitat: Espécie costeira. Sua migração sazonal e ciclo reprodutivo no sul do Brasil. No sul do país os adultos migram para águas costeiras com profundidades inferiores a 20 m de novembro a março. O parto e o acasalamento ocorrerá em março. Logo depois machos e fêmeas retornam para águas mais profundas e dispersam a profundidades de 40 a 150 metros.

Ocorrência: Clima subtropical. Ampla distribuição ao longo da costa brasileira e mais ao sul do Mar del Plata (argentina)

Alimentação: Alimenta-se de crustáceos, cefalópodes, poliquetas e pequenos peixes

Reprodução: Vivípara. A gravidez ocorre quando a fêmea atinge 91 cm de comprimento total. Reproduzem-se  uma vez por ano, em Abril, em águas costeiras de 5 a 20 metros de profundidade, ocorre na fêmea adulta a rápida sequencia de parto - cúpula - ovulação - fecundação - inicio de gestação. O período entre fecundação e nascimento é de quase 12 meses, mas o desenvolvimento do embrião dura apenas 4 meses.


Os filhotes recém nascidos e juvenis permanecem em águas rasas ao longo do ano. A ninhada é de 4 a 12 crias, número crescente com o tamanho da mãe. A gravidez é dividida em duas etapas:

1.) Período de dormência: (diapausa embrionária). Isto ocorre a partir de novembro, enquanto as fêmeas gravidas estão em águas mais profundas (entre 40 e 150 m), à temperaturas de 13 a 18 graus. A ovulação ocorre em abril, quando os ovos fertilizados são colocados dentro de um reservatório comum (vela). No entanto, eles permanecem latentes no útero sem o desenvolvimento embrionário

2.) Período de desenvolvimento embrionário: Isso exige altas temperaturas de verão em águas rasas e não começa até que as fêmeas retornem para águas rasas em novembro. De novembro a março, temperatura de fundo em profundidades de 10 a 20 metros são de 20 a 25 graus. o desenvolvimento embrionário começa quando o reservatório comum (ou vela) acaba em dezembro e termina com o nascimento em fevereiro.

Predadores Naturais: Tubarões

Ameaça: Ameaçada de extição por pesca predatória; poluição e destruição do habitat