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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Neon Goby

(Elacatinus figaro)

Espécie endêmica do Brasil. Preto e amarelo, alcança cerca de 4 cm de comprimento. É um peixe limpador, que realiza sua atividade de limpeza ao longo de toda sua vida, estabelecendo estações de limpeza localizadas em rochas e colônias de coral. O neon goby atende espécies de todas as categorias tróficas, ou seja, desde espécies que se alimentam de algas até as que se alimentam de outros peixes. Este limpador pode ser observado entrando pelas cavidades oral e branquial de predadores como badejos e garoupas, sem sofrer o rixco de ser engolido por eles.

Habitat: Sobre corais e rochas fundas nas costas de continentes e ilhas.

Ocorrência: é encontrado na maior parte da costa brasileira, incluindo ilhas continentais.

Hábitos: Solitário ou em grupos de no máximo 6 indivíduos.

Alimentação: Se alimenta de parasitas de outros peixes como  o Ophioblennius atlanticus, abudefduf saxatilis e Mytoperca rubra.


Ameaças: Poluição, destruição de habitat e caça indiscriminada para aquariofilismo

Peixe Sapo

(Lophius gastrophysus)


As fêmeas atingem até 1 metro de comprimento. Os machos raramente atingem tamanhos superiores a 55 cm. Sua carne é considerada muito boa. Nadadeira dorsal com alguns acúleos. Peixe de coloração pardacenta a marrom, com cabeça grande, corpo levemente achatado e boca muito grande.


Habitat: Espécie bentônica de grandes profundidades, de 120 a 700 metros


Ocorrência: todo litoral brasileiro


Hábitos: Tem pouca mobilidade, em geral, rastejando ou permanecendo longos períodos mimetizado sobre o fundo. Atrai sua presa com uma isca falsa (modificação da nadadeira dorsal) próximo a boca sendo por este motivo também conhecido como peixe pescador. Os jovens distribuem-se normalmente acima dos 200 metros de profundidade.


Alimentação: Peixes e lulas  


Reprodução: As fêmeas iniciam o processo de maturação em torno dos 54 centímetros.


Ameaças: Descoberto pelo mercado internacional na década de 90, experimenta excelentes cotações na Europa. É atualmente uma das pescas mais valiosas do Brasil. É capturado no sudeste e sul do Brasil em pescarias de fundo. Por isso vem sofrendo com a pesca predatória. As populações dessa espécie estão em franco declínio. Poluição pe outra ameaça



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Lagosta

(Panulirus argus)

Crustáceo com corpo robusto e revestido de uma carapaça espessa, cheia de espinhos, com cerdas suras no tórax. As fêmeas são menores que os machos, alcançando 25 cm de comprimento, enquanto que os machos podem chegar a 36 cm ou mesmo 60 cm. As lagostas sofrem mudanças de pele para crescer; quando isso acontece o animal torna-se bastante vulnerável para seus inimigos naturais. Ela então se esconde no meio das rochas sem comer nada, e assim permanece até que se forme uma nova carapaça. Depois disso a carapaça velha se fende dorsoventralmente e a lagosta, com o novo revestimento, vai aos poucos saindo do antigo envólucro. A forma nove é mole, mas logo adquire consistência, impregnando-se de sais calcários até tomar seu aspecto definitivo. Nessa época devido ao jejum que se impôs, a lagosta abandona sua toca e procura alimento, podendo então ser capturada pelo homem.

Habitat: Fundo do mar com locais de vegetação ou áreas rochosas, longe da costa e grande profundidade sendo as vezes encontradas até 50 ou 70 metros, desde que exista abundância de moluscos e anelídeos.

Ocorrência: Desde o norte até Santa Catarina, porém em Pernambuco e na Paraíba que à pescam em grande escala.

Hábitos: São marchadoras e passeiam sobre os rochedos. Durante o dia permanece em seu abrigo (cavidade de rochas, corais ou emaranhados de algas) com o corpo oculto e antenas estendidas. à noite sai em busca de alimento, retornando ao seu abrigo de manhã. Quando ameaçada a lagosta dobra o abdômen com a nadadeira caudal aberta em leque, ao mesmo tempo em que mantém as patas e antenas orientadas para frente, facilitando assim um rápido deslocamento. É um animal vorás.

Alimentação: Com principalmente animais mortos, mas caça todas espécies de crustáceos devorando até mesmo os da sua espécie. Além disso gosta muito de caramujos de concha calcária.

Reprodução: o Desenvolvimento embrionário de uma lagosta se processa no interior dos ovos. Esses ficam presos sob o ventre da fêmea. Do ovo surge a larva que se encontra dobrada sobre si mesmo e que logo ao sair do ovo, expande-se e se transforma num corpo delgado e chato, completamente transparente chamado silóssomo. Fica vagando ao sabor das correntes e é de tal modo transparente que não seria possível ddistingui-los  na água se não fossem os pontos negros dos seus olhos. Daí vai se transformando e aumentando de volume. Quando adquire todos os seus órgãos, mede apenas 2 a 3 centímetros, incluindo as pernas. Passa-se então para sua última transformação chegando à forma de lagosta adulta. Põem em média 100.000 ovos.

Ameaças: Pesca predatória, dificuldades de reprodução e inimigos naturais. Sua carne é muito apreciada e é considerada alimento de luxo


terça-feira, 22 de maio de 2012

Ctenophores

Fazem parte do pequeno filo Ctenophora com cerca de 80 espécies descritas. Conhecidos como águas-vivas-de pente ou carambolas-do-mar. São animais marinhos ou estuarinos, planctônicos, alguns bentônicos e bioluminescentes.


São muito confundidos com as águas vivas por suas semelhanças com as medusas em sua forma globulosa, sua mesogleia gelatinosa e sua transparência. No entanto, as semelhanças com as medusas podem representar mais uma convergência do que um relacionamento evolutivo próximo aos cnidários.


Possuem corpos esféricos, de simetria birradial. Porém as espécies tornam-se achatadas em graus variáveis, comprimidas ou deprimidas ao longo da vida. O corpo pode ser dividido em dois hemisférios: o pólo oral (onde fica a boca) e o pólo aboral (região diametralmente oposta à boca). Possuem oito fileiras meridionais de pentes ciliares (ou ctenas), responsáveis por sua locomoção. Na maioria das espécies emergem duas bainhas, situadas em lados opostos, dois longos tentáculos retráteis, com células adesivas denominadas coloblastos, que são utilizados na captura do alimento. 


Anatomia: 
- O sistema digestivo é composto por um sistema de canais birradiais, que surgem de um estômago central (ou infundíbulo). Após a boca possuem uma faringe ciliada longa e achatada com poros que se abrem na mesogleia (provavelmente para regular o nível de fluído para sua flutuação). A digestão ocorre de maneira extra e intracelular. A digestão ocorre de maneira extra e intracelular, o que não pode ser digerido sai através dos poros anais (localizados no polo aboral)


- O sistema nervoso é situado abaixo das fileiras de pentes, é uma rede nervosa subepidérmica bem desenvolvida.


- O sistema sensorial possui um órgão chamado estatocisto que é responsável pelo senso de equilíbrio do animal em relação ao plano horizontal e contém um estatólito que auxilia no batimento dos pentes para locomoção.


Alimentação:  Os ctenóforos são predadores de outros invertebrados pelágicos por isso são animais carnívoros e alimentam-se de outros animais planctônicos como copépodos (crustáceos), ovos e larvas de peixes, cnidários e outros ctenóforos.



Reprodução: A maioria das espécies do filo é hermafrodita e de fecundação externa, exceto as espécies que incubam seus ovos.


Espécies encontradas no Brasil:
- Beroe Ovata
- Bolinopsis vitrea
- Leucothea multicornis
- Mnemiopsis leidyi
- Ocyropsis crystallina
- Vallicula multiformis 


Semelhanças e diferenças com as águas vivas (cnidários):


Diferenças:
- Não contém células urticantes que causam queimaduras como as águas vivas (nematocistos), exceto a espécie Euclora rubra
- Fileiras de placas ciliares para locomoção 
- Alguns não apresentam tentáculos
- Células adesivas para captura do alimento (coloblastos)
- Forma de larva
- Não há polimorfismo (no caso dos cnidários há polimorfismo - polipo e medusa)
- Órgão sensorial chamado de estatólito que auxilia no batimento dos cílios dos pentes.


Semelhanças:
- Simetria
- Corpo medusóide
- Cavidade gastrovascular