As raias, arraias ou peixes batóides são cartilaginosos (chondrichthyes) marinhos classificados na superordem Bathoidea dos Elasmobranchii que agrupa também tubarões.
As raias têm o corpo achatado dorsiventralmente (plano que divide as regiões dorsal e ventral), e por consequëncia, as fendas branquiais encontram-se por baixo da cabeça - principal característica que distingue os peixes batóides dos tubarões. Vivem normalmente no fundo do mar (demersais) embora agumas, como a Manta sejam pelágicas (vivem em mar aberto).
Existe apenas uma família de raias que habitam água doce, principalmente em rios da America Central e America do sul, a família Potamotrygonidae, cujos representante têm também um espinho venenoso na cauda
As raias são consideradas criaturas dóceis pela maioria dos especialistas, atacando apenas em autodefesa. A maioria dos ferimentos causados por arraias nos humanos ocorre nos tornozelos ou panturrilhas quando alguém acidentalmente pisa em uma arraia enterrada na areia, fazendo o peixe assustado levantar sua perigosa cauda.
As fatalidades relacionadas com arraias em humanos são extremamente raras, em parte porque o veneno da arraia, embora seja extremamente doloroso, não costuma ser fatal - a não ser que o ataque inicial seja no peito ou na área abdominal.
Ataque da raia
Quando uma raia ataca ela precisa estar de frente para a vítima porque a única coisa que ela faz é levantar sua longa cauda sobre seu corpo para atingir qualquer coisa que esteja a sua frente. A arraia não tem controle direto sobre o mecanismo do aguilhão, somente sobre a cauda. Na maioria dos casos, quando o aguilhão entra no corpo de uma pessoa, a pressão faz com que o revestimento protetor rasgue. Quando o revestimento rasga, os lados farpados e serrilhados do espinho penetram e o veneno entra na ferida
O veneno de uma raia não é necessariamente fatal, mas provoca muita dor. Ele é composto pelas enzimas 5.nucleotidase e fosfodiesterase e pelo transmissor serotonina. A serotonina faz com que a musculatura lisa se contraia com força e é esse componente que torna o veneno tão doloroso. As enzimas provocam morte de tecidos e de células. Se o veneno penetra em uma área como a do tornozelo, a ferida geralmente pode ser tratada. O calor neutraliza o veneno da raia e limita a quantidade de danos que se pode causar. Se a área não for tratada rapidamente, pode ser necessária a amputação.Se o veneno penetra no abdômen ou na cavidade torácica a morte do tecido pode ser fatal em razão dos importantes órgãos localizados na região
Embora o veneno da raia possa causar sérios danos, a parte mais destrutiva do mecanismo do agulhão são as farpas no espinho. A ponta afiada do aguilhão penetra no corpo da pessoa facilmente, mas sua saída pode causar graves danos. Lembre-se de que as pontas das farpas ficam voltadas para a raia. Mesmo que não houvesse veneno, puxar um espinho do peito ou do abdômen de um humano poderia ser suficiente para causar a morte devido à quantidade de tecidos que são rasgados
Colaborando com este portal do Mundo Marinho compartilho um pequeno vídeo que fiz durante um dos meus mergulhos no Arquipélago de Galápagos quando tive a oportunidade de ficar frente e frente com as Grandes Raias! https://youtu.be/rs0n1bXEkhM
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