Entre os vários peixes sonolentos que o mergulhador vê enquanto mergulha a noite, alguns encontram-se envolto por uma "bolha" transparente. Essa Bolha é formada pelo muco produzido em glândulas específicas na cavidade branquial, após ser expelida pela boca do peixe, vai se desenvolvendo ao longo do corpo até chegar na nadadeira caudal. Esse comportamento é conhecido em alguns tipos de peixes-papagaio.
Uma das primeiras pesquisas sobre o assunto, sugere que ao dormirem dentro de uma bola, os peixes-papagaio diminuem as chances de serem detectados por predadores noturnos. Carnívoros que caçam a noite como por exemplo as moreias, que possuem um olfato apurado para compensar a falta de visão no escuro e encontrar alimento. A bolsa de muco serviria, então, como uma barreira para que o cheiro dos peixes-papagaio não cheguem às narinas das moreias.
Os isópodes se alimentam do sangue do peixe, portanto, passar a noite com uma grande quantidade destes parasitas pode afetar significativamente a saúde do peixe hospedeiro. Para evitar os isópodes os peixes desenvolveram um leque variado de adaptaçoes; alguns se enterram na areia para dormir, outros vão passar a noite em bancos de plantas aquáticas distante dos recifes.
Resultado de pesquisas mostraram que o casulo é uma forma bastante eficiente de evitar infestações por parasitas, 94% dos peixes em que o casulo foi removido sofreram infestações, enquanto que entre os peixes que tiveram o casulo mantido apenas 10% apresentaram parasitas no corpo. As bolsas de muco secretadas pelo peixe papagaio na hora de dormir age como um verdadeiro "mosquiteiro" da mesma forma que as redes colocadas sobre o berço de bebês para protege-los de pernilongos.
A Hipótese do mosquiteiro e a hipótese da proteção contra predadores não são exclusivas, ambas funções podem ocorrer ao mesmo tempo.
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