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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Arraias, Raias ou Peixes batóides



 As raias, arraias ou peixes batóides são cartilaginosos (chondrichthyes) marinhos classificados na superordem Bathoidea dos Elasmobranchii que agrupa também tubarões. 


 As raias têm o corpo achatado dorsiventralmente (plano que divide as regiões dorsal e ventral), e por consequëncia, as fendas branquiais encontram-se por baixo da cabeça - principal característica que distingue os peixes batóides dos tubarões. Vivem normalmente no fundo do mar (demersais) embora agumas, como a Manta sejam pelágicas (vivem em mar aberto).


 As raias típicas têm as barbatanas peitorais como uma extensão do corpo, de forma arredondada ou em losango, pelo que se refere ao seu corpo como "disco". Podem considerar-se neste grupo não só as verdadeiras raias (com pequenas barbatanas dorsais na extremidade da cauda) mas também os peixes serra, os uges ou ratões (com um espinho venenoso na cauda) as raias elétricas e os peixes guitarra e mesmo os tubarões-anjos (embora estes tenham fendas branquiais parcialmente dos lados do corpo, também conhecidos como raia viola).


 Existe apenas uma família de raias que habitam água doce, principalmente em rios da America Central e America do sul, a família Potamotrygonidae, cujos representante têm também um espinho venenoso na cauda


As raias são consideradas criaturas dóceis pela maioria dos especialistas, atacando apenas em autodefesa. A maioria dos ferimentos causados por arraias nos humanos ocorre nos tornozelos ou panturrilhas quando alguém acidentalmente pisa em uma arraia enterrada na areia, fazendo o peixe assustado levantar sua perigosa cauda.


 As fatalidades relacionadas com arraias em humanos são extremamente raras, em parte porque o veneno da arraia, embora seja extremamente doloroso, não costuma ser fatal - a não ser que o ataque inicial seja no peito ou na área abdominal.


 Ataque da raia
 Quando uma raia ataca ela precisa estar de frente para a vítima porque a única coisa que ela faz é levantar sua longa cauda sobre seu corpo para atingir qualquer coisa que esteja a sua frente. A arraia não tem controle direto sobre o mecanismo do aguilhão, somente sobre a cauda. Na maioria dos casos, quando o aguilhão entra no corpo de uma pessoa, a pressão faz com que o revestimento protetor rasgue. Quando o revestimento rasga, os lados farpados e serrilhados do espinho penetram e o veneno entra na ferida


 O veneno de uma raia não é necessariamente fatal, mas provoca muita dor. Ele é composto pelas enzimas 5.nucleotidase e fosfodiesterase e pelo transmissor serotonina. A serotonina faz com que a musculatura lisa se contraia com força e é esse componente que torna o veneno tão doloroso. As enzimas provocam morte de tecidos e de células. Se o veneno penetra em uma área como a do tornozelo, a ferida geralmente pode ser tratada. O calor neutraliza o veneno da raia e limita a quantidade de danos que se pode causar. Se a área não for tratada rapidamente, pode ser necessária a amputação.Se o veneno penetra no abdômen ou na cavidade torácica a morte do tecido pode ser fatal em razão dos importantes órgãos localizados na região


 Embora o veneno da raia possa causar sérios danos, a parte mais destrutiva do mecanismo do agulhão são as farpas no espinho. A ponta afiada do aguilhão penetra no corpo da pessoa facilmente, mas sua saída pode causar graves danos. Lembre-se de que as pontas das farpas ficam voltadas para a raia. Mesmo que não houvesse veneno, puxar um espinho do peito ou do abdômen de um humano poderia ser suficiente para causar a morte devido à quantidade de tecidos que são  rasgados

Um comentário:

  1. Colaborando com este portal do Mundo Marinho compartilho um pequeno vídeo que fiz durante um dos meus mergulhos no Arquipélago de Galápagos quando tive a oportunidade de ficar frente e frente com as Grandes Raias! https://youtu.be/rs0n1bXEkhM

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