Más além de persistir nas profundezas até os dias de hoje, os crinóides possuem ainda um outro representante de águas rasas, os crinóides-comatulideos ou simplesmente lírios do mar.
Os lírios-do-mar que vivem nos recifes de corais devem seu nome popular aos seus parentes que vivem nas profundezas, estes sim com aparência semelhante a um lírio.
O Crinóide de pedúnculo possui o corpo em forma de um cálice com pequenos braços em sua borda, apoiado sobre uma estrutura longa em forma de haste, o pedúnculo, com o qual o animal se fixa ao fundo.
A anatomia dos lírios do mar encontrados nos rasos recifes de corais é basicamente formada por um disco central, composto por placas calcárias, rodeada por longos e flexíveis braços que se estendem deste disco. No lugar do pedúnculo possuem uma série de grossos cílios em forma de gancho que usam para se ancorar junto ao fundo. Pequenos apêndices laterais ao longo dos braços chamados pínulas, são responsáveis pela captura de alimento.
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Quando estão se alimentando os lírios do mar posicionam seus braços a filtrar o máximo possível da água do mar com as inúmera pínulas dispostas de maneira a formar uma estrutura semelhante a uma "rede de pesca" com a qual captura as partículas alimentares e plâncton. Os lírios do mar preferem viver em profundidades intermediárias evitando o batimento das ondas próximas a superfície. É comum encontra-los no topo dos corais, esponjas ou qualquer outro cabeço recifal que os coloquem que os coloquem em local privilegiado para a captura de plâncton mas são particularmente exigentes em relação às condições de correnteza e deslocamento de água.
Uma correnteza muito forte pode arranca-los de sua base e, por outro lado, um deslocamento de água muito fraco significa um buffet planctônico com poucas opções.
Uma grande variedade de peixes incluindo cângulos, baiacus, budiões, enxadas e peixes borboleta se alimentam deles. Esses ataques não chegam a ser fatais pois como todos equinodermos, os lírios do mar tem um alto poder de regeneração.
Outra estratégia utilizada pelos crinóides é o comportamento noturno, mantendo-se escondidos durante o dia e evitando assim os peixes predadores, que normalmente necessitam da luz do sol para localizar suas presas
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