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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Borboleta Amarelo

Chaetodon ocellatus


Possui corpo achatado branco com faixa negra atravessando a cabeça e cruzando os olhos. As nadadeiras dorsal, caudal e anal são amarelas. A nadadeira peitoral possui uma pequena barra amarela na base. Alcança no máximo 20 centímetros de comprimento. É um nectônico, sendo encontrado próximo a costas de águas claras e rasas vivendo nos fundos coralíneos, rochosos ou arenosos. Nada solitário, aos pares ou em pequenos grupos perambulando por entre as pedras no fundo.Durante a noite aparecem nos peixes manchas laterais escuras de modo a melhor confundirem-se com o entorno. A finalidade deste padrão é fazer com que os predadores confundam as extremidades posterior e anterior do peixe. O primeiro instinto do peixe ameaçado é fugir, confundindo o predador que normalmente mira os olhos e assim imagina que ele nadará para o lado contrario. Quando a fuga não é possivel, o peixe, às vezes vira-se para enfrentar seu agressor, de cabeça baixa com as espinhas da barbatana dorsal totalmente eretas.


Habitat: Habitam os recifes de regiões costeiras, até 30 metros de profundidade do Atlântico ocidental tropical. Os espécimes juvenis desta espécie são mais frequentemente encontrados em leitos de algas marinhas. Adultos são mais comum em recifes rasos ao redor da Florida do que no resto do Caribe, encontrados em pares ou em grupos de 4 ou 5. Como normalmente se alimente remexendo a areia do fundo do mar, ao contrario da maioria das outras espécies deste gênero que preferem pólipos de corais, são mais comuns em locais mais abertos ao redor de corais e costas do que em meio aos recifes


Ocorrência: Costa da Flórida, Golfo do México e Mar do Caribe, até o nordeste do Brasil, nos recifes próximos à costa do Rio Grande do Norte


Hábitos: calmos, vivem aos pares, monogâmicos, raramente se afastando do seu par. Tranquilo, tende a ignorar mergulhadores e só se afasta quando ameaçado


Alimentação: Pequenos crustáceos e poliquetas, pedaços de peixe e camarãoanêmonas e pólipos de coral

Reprodução: Ovíparo, são encontrados normalmente aos pares e acredita-se que sejam monogâmicos, ou seja, vivem com o mesmo parceiro por toda a vida. Durante o namoro muitas vezes os peixes ficam circulando a cabeça com cauda até que um desiste e fuja sendo perseguido pelo outro. Não apresentam cuidados parentais e são reprodutores livres, que liberam seus gametas geralmente ao anoitecer. No momento da desova o par fica flutuando lentamente em um ângulo de 45 graus e liberam subitamente seus ovos e esperma que desaparecem rapidamente em direção ao fundo. A fêmea libera cerca de 3 a 4 mil óvulos por noite. Os ovos são pelágicos e eclodem em um dia. A temperatura da água deve estar sempre entre 23 e 28 graus para que esses peixes sobrevivam

Ameaças: Destruição do habitat e aquariofilia 



                                                         






Peixe Cofre

(Acanthostracion polygonius)


Tem o corpo encerrado numa caixa óssea (daí o nome peixe cofre) composta por placas hexagonais, deixando de fora, apenas, a barbatana caudal. A coloração varia do verde-pálido com manchas e listas azuis até o amarelo e castanho, com manchas azuis, brancas ou púrpuras. A tinge 50 cm de comprimento.Algumas das espécies são designadas como peixe vaca por possuírem chifres ósseos na cabeça


Habitat: águas claras em torno de recifes de corais em profundidades de 3 a 80 m
 

Hábito: É um peixe solitário: ele envenena a água onde vivem de modo que pode ser fatal para outros peixes


Ocorrência: todo litoral brasileiro

Reprodução: Os ovos são microscópios. As larvas que sobrevivem adquirem uma carapaça após uma semana, ficando parecidas com uvas


 Alimentação: moluscos, esponjas e crustáceos que são triturados com suas fortes mandíbulas 

Ameaças: poluição e destruição do habitat




                                                                  



Marlin Azul



(Makaira nigricans)


Peixe de grande porte atinge 4,5m de comprimento e quase uma tonelada, é o mais sonhado troféu da pesca oceânica. Focinho em forma de espada, corpo mais alto no inicio da nadadeira dorsal, afinando em direção à nadadeira caudal que é muito grande e furcada. As demais nadadeiras são pontudas. Coloração azul escura no dorso e prata no ventre, com uma faixa horizontal nos flancos. Possui cerca de 15 de 15 séries verticais de pintas saindo da região dorsal em direção ao ventre.


As fêmeas são maiores que o macho, podendo chegar a 540kg enquanto os machos raramente ultrapassam 160kg.


Este marlin tem duas barbatanas dorsais e duas barbatanas anais. As barbatanas são suportadas por espinhas ósseas conhecidas como raios. As nadadeiras pélvicas são mais curtas que as peitorais. O corpo é azul-preto por cima, com o lado de baixo branco prateado


Migração: É menos abundante no Atlântico oriental, onde ocorre principalmente fora da África. O marlin geralmente habita águas mais quentes que 24 graus Celsius, mas já foi encontrado em temperaturas de superfície elevadas, como 30 graus Celsius e tão baixas como 21 graus Celsius. A cor da água também é importante pois preferem água de cor azul. Geralmente o peixe migra para o norte durante os meses mais quentes, e para o equador durante os meses mais frios, podendo realizar longas migrações






Habitat: Vive em mar aberto nas correntes quentes de água azul. Alcança a costa brasileira no final da primavera e começo do verão (novembro a março), quando as águas limpas, azuis e quentes se aproximam da costa. Pode ser encontrada sobre regiões do talude continental.


Ocorrência: Presente em toda costa brasileira


Predadores e parasitas: O tubarão branco e o anequim (ou mako) são os principais predadores. Os marlins possuem muitos parasitas, como: Nematoda (vermes redondos), Digenea (vermes) e Cestoda (tênias)


Hábitos: Espécie pelágica, migratória, oceânica. Nada junto à superfície e tem hábitos solitários. 


Reprodução: Atingem maturidade sexual entre 2 e 4 anos de idade. Os machos atingem a maturidade sexual com um peso entre 35 e 44kg e as fêmeas com um peso entre 47 e 60kg. Normalmente ocorre no outono. As fêmeas podem desovar até quatro vezes em uma temporada e geralmente lançam mais de sete milhões de ovos de uma só vez porém poucos sobrevivem. As larvas (plâncton) correm livremente no oceano e podem crescer 16 milímetros em um único dia. 
Os machos podem viver 18 anos e as fêmeas 27 anos


Alimentação: As larvas se alimentam de uma variedade de zooplâncton, juntamente com os ovos e larvas de outros peixes. Os peixes já desenvolvidos se alimentam de uma grande variedade de outros peixes como cavalas e atum que compo~em uma parte significativa da sua dieta.


Ameaças: Poluição e pesca




                                                                     



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Arraias, Raias ou Peixes batóides



 As raias, arraias ou peixes batóides são cartilaginosos (chondrichthyes) marinhos classificados na superordem Bathoidea dos Elasmobranchii que agrupa também tubarões. 


 As raias têm o corpo achatado dorsiventralmente (plano que divide as regiões dorsal e ventral), e por consequëncia, as fendas branquiais encontram-se por baixo da cabeça - principal característica que distingue os peixes batóides dos tubarões. Vivem normalmente no fundo do mar (demersais) embora agumas, como a Manta sejam pelágicas (vivem em mar aberto).


 As raias típicas têm as barbatanas peitorais como uma extensão do corpo, de forma arredondada ou em losango, pelo que se refere ao seu corpo como "disco". Podem considerar-se neste grupo não só as verdadeiras raias (com pequenas barbatanas dorsais na extremidade da cauda) mas também os peixes serra, os uges ou ratões (com um espinho venenoso na cauda) as raias elétricas e os peixes guitarra e mesmo os tubarões-anjos (embora estes tenham fendas branquiais parcialmente dos lados do corpo, também conhecidos como raia viola).


 Existe apenas uma família de raias que habitam água doce, principalmente em rios da America Central e America do sul, a família Potamotrygonidae, cujos representante têm também um espinho venenoso na cauda


As raias são consideradas criaturas dóceis pela maioria dos especialistas, atacando apenas em autodefesa. A maioria dos ferimentos causados por arraias nos humanos ocorre nos tornozelos ou panturrilhas quando alguém acidentalmente pisa em uma arraia enterrada na areia, fazendo o peixe assustado levantar sua perigosa cauda.


 As fatalidades relacionadas com arraias em humanos são extremamente raras, em parte porque o veneno da arraia, embora seja extremamente doloroso, não costuma ser fatal - a não ser que o ataque inicial seja no peito ou na área abdominal.


 Ataque da raia
 Quando uma raia ataca ela precisa estar de frente para a vítima porque a única coisa que ela faz é levantar sua longa cauda sobre seu corpo para atingir qualquer coisa que esteja a sua frente. A arraia não tem controle direto sobre o mecanismo do aguilhão, somente sobre a cauda. Na maioria dos casos, quando o aguilhão entra no corpo de uma pessoa, a pressão faz com que o revestimento protetor rasgue. Quando o revestimento rasga, os lados farpados e serrilhados do espinho penetram e o veneno entra na ferida


 O veneno de uma raia não é necessariamente fatal, mas provoca muita dor. Ele é composto pelas enzimas 5.nucleotidase e fosfodiesterase e pelo transmissor serotonina. A serotonina faz com que a musculatura lisa se contraia com força e é esse componente que torna o veneno tão doloroso. As enzimas provocam morte de tecidos e de células. Se o veneno penetra em uma área como a do tornozelo, a ferida geralmente pode ser tratada. O calor neutraliza o veneno da raia e limita a quantidade de danos que se pode causar. Se a área não for tratada rapidamente, pode ser necessária a amputação.Se o veneno penetra no abdômen ou na cavidade torácica a morte do tecido pode ser fatal em razão dos importantes órgãos localizados na região


 Embora o veneno da raia possa causar sérios danos, a parte mais destrutiva do mecanismo do agulhão são as farpas no espinho. A ponta afiada do aguilhão penetra no corpo da pessoa facilmente, mas sua saída pode causar graves danos. Lembre-se de que as pontas das farpas ficam voltadas para a raia. Mesmo que não houvesse veneno, puxar um espinho do peito ou do abdômen de um humano poderia ser suficiente para causar a morte devido à quantidade de tecidos que são  rasgados

Marimbá

Diplodus argenteus


Características: Peixe de escamas que não atingem grandes proporções. Seu peso gira entre 200 e 500 gramas normalmente, mas podem atingir 1,9kg e medir até 31cm de comprimento. Boca muito pequena. Dente anteriores achatados, desenvolvidos e incisiformes. Coloração cinza-prateada no dorso e mancha preta na cauda. Corpo em forma ovalada e comprimida. Os jovens com até 20 cm apresentam faixas escurecidas, menos evidentes com o tamanho, verticais no corpo e tal padrão pode ocorrer também em adultos, especialmente à noite. Carne saborosa.


Habitat: Peixe costeiro de águas rasas com profundidade até 50m, fundos rochosos ou de lama. Muito comum em costões. Gosta de água clara e agitada, sendo comum em áreas de arrebentação. Frequenta até águas salobras


Ocorrência: Todo litoral brasileiro


Hábitos: Diurnos, ativos e vorazes, formam cardumes de médio ou grande porte, entre fendas e tocas, também frequentadas por sargos, sargentos e cocorocas 


Alimentação: Algas, Moluscos, crustáceos e invertebrados


Ameaças: Poluição e destruição do habitat

Maria da Toca

Parablennius pilicornis


Características: Peixe de 12 a 15 centímetros com um corpo alongado mas não muito comprido. É muito característico da espécie os tentáculos supra-orbitais na cabeça, com ramificações filamentosas não maiores que 1/3 dos olhos. A boca é composta por caninos em ambas as mandíbulas. Nadadeira dorsal com 12 espinhos, alta e sem subdivisões. A nadadeira anal possui 2 espinhos. A coloração varia muito geralmente pálidas com manchas ou pontos escuros nas laterais. sendo capaz de trocar de cor de acordo com as condições ambientais ou ânimo: os machos podem chegar a lilás escuro e as fêmeas a amarelo intenso


Habitat: fundos rochosos até 25 metros de profundidade


Ocorrência: Todo litoral brasileiro


Alimentação: Fauna bentônica


Reprodução: Ovíparos


Ameaças: Destruição do habitat





Mamangá


Scorpaena brasiliensis


Características: Também conhecido como peixe pedra o mamangá é o mais venenoso peixe do litoral brasileiro. Deve-se ter muito cuidado ao colocar as mãos sobre pedras, pois seu espinhos dorsais possuem glândulas que secretam uma potente toxina. Essa toxina causa uma forte dor e febre no mergulhador descuidado que se espetar nele. Seu veneno contido nas nadadeiras dorsais provoca extrema dor, além de causar entre outros sintomas, agitação, taquicardia, e falta de ar. Sua cor marrom-esverdeada confere ao peixe pedra a capacidade de se camuflar entre pedras em recifes tropicais, transformando-o num alvo fácil de ser pisado acidentalmente por uma pessoa. Dependendo da profundidade da penetração no ferimento, pode ocorrer choque, paralisia e morte de tecidos. Se não for tratada nas primeiras horas, o nível de toxidade pode ser fatal para os seres humanos.


Habitat: Recifes de corais e rochas


Ocorrência: Todo litoral brasileiro


Hábitos: É um mestre do disfarce. quando fica imóvel sobre as pedras é virtualmente invisível


Alimentação: Carnívoro. Pequenos peixes, camarão etc. 


Ameaças: Destruição do habitat e captura para aquariofilistas




                             



Linguado


Paralichthys brasiliensis

Características: têm uma anatomia muito 
curiosa. Com o passar de muitos anos, 
ao longo de seu processo evolutivo, um de 
seus olhos migrou para o outro lado 
do corpo. Possuem o corpo bastante 
achatado, elíptico, com raios centrais da 
caudal maiores . N adadeiras dorsal e 
anal longas, sendo a dorsal com início 
geralmente no alto da cabeça e ambas 
terminando muito próximas à caudal, 
quando não contínuas a esta. Perfil anterior 
da cabeça reto ou com ligeira 
concavidade, boca grande e oblíqua, com dentes, ultrapassa a margem posterior
do olho inferior. Escamas ctenóides  no  lado  oculado,  ciclóides  no  cego. 
Linha lateral com distinto arco acima da peitoral. Lado oculado marrom-escuro,
com reflexos verdes. Manchas escuras pequenas são frequentes, bem como pontos 
e manchas brancas, mais comuns nos jovens. Atinge até 1 m de comprimento e 
12 Kg de peso. Sua carne atinge altos preços no mercado, uma vez que é 
considerada uma das mais finas. 

Habitat: peixes costeiros, freqüentam as zonas de maré em profundidades de até 40 m , muito comuns em baías, praias e próximo a ilhas, sobre fundos de areia ou lodo.
 
Ocorrência:em todo o litoral do Brasil. 



Hábitos: bênticos a apóiam-se totalmente sobre o lado sem olho. Vivem permanentemente deitados, semi-enterrados em fundos de areia e se valem de seu disfarce e esconderijo para capturar pequenos peixes e crustáceos. São capazes de alterar totalmente a sua coloração, confundindo-se com o substrato de maneira impressionante e rapidíssima. Movem-se ondulando o corpo, s vezes com grande velocidade, mas preferem confiar em seu mimetismo e são facílimos de serem alcançados pelo mergulhador e caçador submarino. Geralmente podem ser encontrados em pequenos grupos de 3 a 15 indivíduos. Os exemplares maiores são mais solitários. 


Alimentação: carnívoros predadores, alimentando-se de crustáceos e moluscos. 


Reprodução: a época da reprodução varia, os ovos são pelágicos e flutuantes e as larvas são como as dos outros peixes, isto é, com orientação vertical e um olho de cada lado da cabeça. Com o crescimento, o crânio entorta e um olho migra para perto do outro, ao mesmo tempo que o peixe vai abandonando o nado normal para passar a se orientar em termos horizontais e a viver em contato normal com o substrato. Aparentemente a reprodução ocorre no inverno


Ameaças: poluição, pesca predatória e destruição do habitat




                                                                          



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Garoupa



Epinephelus marginatus




Características: peixe de 
escamas pequenas com corpo,cabeça
e boca grandes. Pedúnculo da 
nadadeira caudal curto e grosso.
coloração varia em tons pardos
mais escuros no dorso, com 
manchas espalhadas pelo corpo em
alguns indivíduos. O ventre é 
amarelado. As nadadeiras
são arredondadas, escuras com a
margem clara. Medem de 30 cm a 
60 cm de comprimento, podendo atingir até um metro superando a 
marca de 60 Kg . Como a carne é de excelente qualidade, tem
grande importância comercial principalmente no Sudeste do Brasil. 

Habitat: espécie costeira de locais profundos, com fundos 
pedregosos e de corais abrigadas em tocas. Eventualmente 
pode ser encontrada em estuários.


Ocorrência: todo o litoral brasileiro.


Hábitos: tem o hábito de se entocar. É bastante manso e 
curioso, permitindo até mesmo a aproximação de mergulhadores.
Vivem solitárias ou em grupos de 2 ou 3 indivíduos. Peixes 
territoriais, defendem vigorosamente seu espaço da aproximação 
de outros peixes. Costumam sair da toca apenas para se 
alimentar ou afugentar um intruso, voltando rapidamente ao menor 
sinal de perigo.


Alimentação: peixes, lagostas, camarões, ouriços, moluscos e
lulas. Extremamente vorazes, engolem suas as presas inteiras.


Ameaças: foi e é muito caçado, tendo desaparecido de muitos 
pontos do litoral brasileiro. Poluição e destruição do habitat 
também são grandes ameaças.




                               



Gramma Real Brasileiro

(Gramma brasiliensis)
 É o peixe marinho mais popular em aquarios no Brasil, e um dos mais populares no mundo. É muito confundido com o verdadeiro Gramma loretto que basicamente se diferencia por ter uma faixa na cabeça que segue uma faixa no olho e vive principalmente na região central das américas (típica do Caribe), enquanto o brasiliensis tem essa faixa somente no olho, além de ter uma coloração roxa mais fraca. Possui 2 cores: roxo na frente e laranja amarelado atrás. É uma espécie endemica do Brasil que atinge cerca de 10 cm de comprimento. 


Habitat: áreas de cavernas sob cristas recifais. Nada entre
as rochas e corais 


Ocorrência: do norte ao sudeste brasileiro 


Hábitos: adora tocas e quando um outro peixe se aproxima
de seu territorio ele abre a boca, que fica bem disproporcional
ao seu tamanho, com intuito de espantar o intruso. Pode estar
solitário ou em grupos de no máximo 4. Dentro das cavernas sua 
natação é feita de cabeça para baixo, orientando-se pelo teto. 


Alimentação: zooplâncton, zoobentos, microcrustáceos, 
fitoplâncton, pedaços de peixe e camarão


Reprodução: a reprodução ocorre durante todo o ano, aos 
pares ou em grupos, com o macho incubando os ovos na boca.


Ameaças: a população desta espécie têm declinado 
significativamente em nosso litoral, sobretudo na região
sudeste, ameaçada pela poluição, destruição do habitat e 
captura indiscriminada para aquariofilismo






                                        
                                                                    



Peixe Frade

Pomacanthus Paru

corpo bastante alto, ovalado e achatado. Nadadeiras dorsal e anal com os raios prolongados em longos filamentos. Na fase juvenil, possuem o corpo e a cabeça pretos com arcos irregulares amarelos. Na fase adulta tem coloração cinza-escura, apresentando cada escama um pequeno ponto preto e a borda amarelada em forma de meia-lua. Boca branca. Nadadeira e peitoral amarelo-brilhante.


Habitat: espécie costeira de águas rasas, vivendo em áreas coralinas e/ou rochosas.
 
Ocorrência: em todo o litoral do Brasil. 


Hábitos: vive solitário, aos pares ou em pequenos grupos, nadando lentamente por entre as pedras do fundo. 


Alimentação: algas, esponjas e outros invertebrados.


Ameaças: poluição, destruição do habitat e pesca para para atender o mercado de aquariofilistas




                                                              





Tubarões: Dentes

  Existem pouco mais de 300 espécies de tubarões no mundo todo. Eles são conhecidos por se alimentarem de uma surpreendente variedade de animais marinhos. Esta variedade alimentar que não se compara a nenhuma outra classe de predadores inclui para cada espécie de tubarão um ou mais dos seguintes intens do cardápio: Zooplânctons, crustáceos, peixes, tartarugas, focas e até outros tubarões. Outros animais que são frequentemente comidos mas não fazem parte principal da sua dieta inclui ouriço do mar, aves marinhas e cetáceos.






 Os dentes dos tubarões estão entre os principais elementos responsáveis pelo seu sucesso evolutivo. Eles são originados a partir de modificações das escamas que no caso dos peixes cartilaginosos (tubarões e raias), são tecnicamente denominados dentículos dérmicos 


 Diferentemente das escamas dos peixes ósseos, os dentículos dérmicos dos tubarões são estruturalmente semelhantes ao nosso dente, com uma camada externa de esmalte encobrindo um núcleo de dentina. Ao contrário dos ósseos que possuem os dentes fixados em cavidades nas maxilas, os dentes dos tubarões são ancorados em uma camada rígida de tecido conjuntivo, os novos dentes são formados na parte interior das maxilas e gradualmente vão se movendo para frente para ir substituindo os dentes funcionais externos que são gastos ou perdidos


 Em algumas espécies os dentes funcionais são totalmente trocados a cada duas ou três semanas. Dessa forma, um tubarão que vive entre 20 e 30 anos e possui cerca de 30 fileiras de dentes em cada maxila, vai produzir milhares de dentes ao longo da vida.


 A forma e a quantidade de dentes dos tubarões são características taxonômicas muito úteis, pois como são mais ou menos distintos para cada espécie geralmente permitem a identificação do tubarão por meio de um único dente




 Existem três tipos de dentes encontrados nos tubarões: 


1: Triangular e largo, em forma de lâmina com as bordas serrilhadas (como o do tubarão branco e tubarão tigre) que é adaptado para cortar pedaços de carne de grandes presas


2: Finos e longos em forma de adaga (como o mako e o mangona) que é moldado para capturar e segurar peixes pequenos e lulas


3: Achatados e agrupados em placas (como o lambaru) apropriados para a alimentação a base de moluscos com conchas e crustáceos


 Algumas espécies de tubarão possuem um único tipo de dente, como o mangona que possui apenas dentes do tipo fino e longo em toda a boca. Outras espécies podem possuir tipos diferentes de dentes, como é o caso do tubarão cinzento dos recifes que possui dentes finos e longos na mandíbula e do tipo triangular e largo na maxila superior 

Peixe Bebe Água?

 Peixe de água salgada bebe pois está num meio hipertônico e tende a perder água de seu corpo. Para não desidratar vive constantemente bebendo água e elimina o excesso de sal pelas guelras


 Peixe de água doce não bebe pois está num meio hipotônico e a água tende a entrar em seu corpo hidratando-o, porém faz muito xixi enquanto o de água salgada faz pouco

Atum Azul

 O Atum em lata, servido em sanduiches e saladas, pode ser tanto o bonito de barriga listrada, espécie de 1 metro de comprimento pescado em grandes quantidades em todo o mundo e servido como "atum de carne leve", quanto o albacora, peixe de pequeno porte comercializado como "atum de carne branca".


Atum de barriga listrada



 A albacora de laje e a albacora de bandolim são espécies maiores e muito pescadas mas não servem para o preparo dos mais finos sushis, então são servidos grelhados. Já o atum azul, um gigante entre os peixes, é a primeira opção de escolha para o preparo de sushis e sashimis e um dos pescados mais desejados do planeta. Por isso mesmo que o atum azul é provavelmente a espécie mais ameaçadas dos peixes grandes. A sobrepesca negligente está levando esse peixe à extinção.



Albacora de laje



Albacora de bandolim


 Com peso máximo registrado de quase 700kg e 4 metros de comprimento, o atum azul é uma massa de músculos superaquecidos que corta as águas dos mares e dos oceanos sacudindo a calda em forma de cimitarra.



Atum Azul


 Enquanto a maioria das cerca de 20 mil espécies de peixes conhecidas são de sangue frio, ou seja, temperatura corporal é igual a da água que os envolve, o atum azul é das poucas espécies de peixes de sangue quente. Quando mergulha à profundidades de 1km, onde a temperatura chega a 5 Graus Celsius, o atum azul pode manter a temperatura do corpo a 27 Graus Celsius, muito próximo à dos mamíferos.


 O atum azul também está entre os peixes mais rápidos capaz de atingir velocidades próximas a 80Km/h e de cruzar oceanos inteiros durante a migração. Frequentemente caçam em grupos. O cardume assume a forma de uma parábola que vai se aproximando rapidamente de sua presa até fechar o cerco.




 Está adaptado metabolicamente para perseguições em alta velocidade, mas, como predador oportunista (e por necessidade compulsiva) comerá qualquer coisa que estiver ao seu alcance sejam cavalas de nado ligeiro, linguados que vivem no fundo de areia ou esponjas de hábito sedentários.


 Um estudo revelou que o item alimentar predominante por peso foi o arenque atlântico seguido por galeotas americanas, anchovas e lulas. Também encontraram merluzas prateada, outras espécies de linguados, savelha, cavalo marinho, bacalhau, pescada polaca, peixe porco, peixe agulha, peixe escorpião, cação espinho, arraia, polvo, camarão, lagosta, caranguejo, siri, salpa e esponja.


 O sentido que eles mais usam durante a caça é a visão. No começo doa anos 1900 esse peixe era conhecido como cavala

Peixes e Animais Recifais

Peixes papagaio, cirurgiões e donzelas são herbívoros e assim contribuem com a diversidade dos recifes impedindo o crescimento excessivo de algas e formando pequenas clareiras na superfície das rochas que então podem ser colonizadas por um grande número de espécies de invertebrados




Peixe Papagaio
















                   Cirurgião





















Salema


Salemas, Sargentinhoe Cocorócas 
formam cardumes para se protegerem dos predadores 
diminuindo o risco individual de cada um




Sargentinho



















      Cocoróca


As moreias são caçadoras noturnas e usam seu olfato para caçar suas presas pois sua visão é ruim


Moreia Verde






Várias espécies de Budiões capturam camarões, poliquetas e outros pequenos organismos que vivem no fundo, enquanto na coluna d'água, quantidades de cardumes de tesourinhas e sargentinhos comem o zooplâncton em suspensão


Budião




















                     Tesourinha


 As pequenas donzelas defendem bravamente seu território contra competidores e outros visitantes indesejados. São peixes herbívoros, mas devido ao seu tamanho pequeno, possuem capacidade muito limitada de se deslocar em busca de grandes quantidades de algas. Assim a solução é defender seu próprio "jardim" de microalgas contra outros competidores e garantir o seu sustento
 As donzelas chegam a investir contra herbívoros de até cinco vezes o seu tamanho como grandes peixes papagaios e cirurgiões, estes por sua vez ao se alimentarem em um local com muitos territórios de donzelas formam cardumes e adotam a estratégia de "arrastão" invadindo em bando os territórios das donzelas que não tem como afugentar tamanha quantidade de invasores



Donzela




Camarões e ouriços do mar modelam a fisionomia do costão por meio da predação, permitindo que apenas organismos resistentes como algas calcárias crostosas e a Palithoa sobrevivam

Lírios-do-Mar

 Até a metade do século XIIX ainda era muito popular a teoria de que a vida marinha não poderia existir em grandes profundidades, mas ao contrario do que se esperava, foram encontrados uma imensa variedades de organismos ao realizar dragagens profundas, incluindo um curiosos organismo muito parecido com uma flor, tecnicamente conhecido como CRINÓIDE DE PEDÚNCULO. A descoberta causou muita sensação na época, pois os crinóides de pedúnculo eram conhecidos somente por fósseis com milhões de anos e por isso pensava-se que era um grupo de animais já extinto.


 Más além de persistir nas profundezas até os dias de hoje, os crinóides possuem ainda um outro representante de águas rasas, os crinóides-comatulideos ou simplesmente lírios do mar.
Os lírios-do-mar que vivem nos recifes de corais devem seu nome popular aos seus parentes que vivem nas profundezas, estes sim com aparência semelhante a um lírio.


 Os lírios do mar representam uma das cinco classe de criaturas que compõem o filo dos equinodermos, que inclui, estrelas do mar, ouriço do mar, ofiúros e pepinos do mar. Todos os equinodermos têm importantes caracteristicas em comum: Simetria radial, baseada em um corpo com cinco lados; canais internos preenchidos com água que compõem o sistema hidrovascular e com o qual promovem a circulação de nutrientes, gases e a locomoção; e um esqueleto calcário composto por pequenas placas interconectadas ao longo do corpo.


 O Crinóide de pedúnculo possui o corpo em forma de um cálice com pequenos braços em sua borda, apoiado sobre uma estrutura longa em forma de haste, o pedúnculo, com o qual o animal se fixa ao fundo.


 A anatomia dos lírios do mar encontrados nos rasos recifes de corais é basicamente formada por um disco central, composto por placas calcárias, rodeada por longos e flexíveis braços que se estendem deste disco. No lugar do pedúnculo possuem uma série de grossos cílios em forma de gancho que usam para se ancorar junto ao fundo. Pequenos apêndices laterais ao longo dos braços chamados pínulas, são responsáveis pela captura de alimento.


 Os crinóides se diferenciam dos outros equinodermos justamente pela posição de sua boca, localizada na parte de cima do corpo em contraste com as estrelas e ouriços do mar que possuem a boca voltada para baixo. Os lírios do mar se alimentam de plâncton e pequenas partículas orgânicas levadas pela água e capturam o alimento filtrando a água trazida pelas correntes. Pensava-se que os lírios era passivos receptadores de detritos que caem da superfície em direção ao fundo marinho,ou que utilizavam seus braços para capturar ativamente alimento, porém seus braços não servem somente como filtro mas também pra se locomover.


 Quando estão se alimentando os lírios do mar posicionam seus braços a filtrar o máximo possível da água do mar com as inúmera pínulas dispostas de maneira a formar uma estrutura semelhante a uma "rede de pesca" com a qual captura as partículas alimentares e plâncton. Os lírios do mar preferem viver em profundidades intermediárias evitando o batimento das ondas próximas a superfície. É comum encontra-los no topo dos corais, esponjas ou qualquer outro cabeço recifal que os coloquem que os coloquem em local privilegiado para a captura de plâncton mas são particularmente exigentes em relação às condições de correnteza e deslocamento de água.


 Uma correnteza muito forte pode arranca-los de sua base e, por outro lado, um deslocamento de água muito fraco significa um buffet planctônico com poucas opções.




 Uma grande variedade de peixes incluindo cângulos, baiacus, budiões, enxadas e peixes borboleta se alimentam deles. Esses ataques não chegam a ser fatais pois como todos equinodermos, os lírios do mar tem um alto poder de regeneração.


 Outra estratégia utilizada pelos crinóides é o comportamento noturno, mantendo-se escondidos durante o dia e evitando assim os peixes predadores, que normalmente necessitam da luz do sol para localizar suas presas